sexta-feira, 30 de julho de 2010

o envelope


A chuva intensa fustigava a noite escura. Um vulto ali, outro acolá tentando escapar à violência do vento de sudoeste tão comum no inverno da Póvoa do Varzim. Em frente ao edifício Enseada um automóvel com matrícula espanhola estacionou. Os dois espanhóis entre-olharam-se apreensivos pela tempestade, miraram o enorme envelope e fizeram sinal ao motorista. Este desceu e dirigiu-se ao Palácio Hotel. A cerca de 10 metros parou, os olhos perscrutaram o seu interior. Um sujeito de bigode fumava um charuto cubano enquanto com a unha do dedo mindinho fazia o sinal combinado. Era ele, era o famoso Zé Laia. O motorista regressou em passo de corrida ao automóvel e exclamou para os espanhóis: es el hombre! Os espanhóis desceram e apressadamente dirigiram-se ao hotel. Zé Laia piscou o olho. Rumaram ao balcão e perguntaram o endereço do Casino. Zé Laia já se havia levantado. O envelope estava guardado. No dia seguinte o seu recheio iria parar à conta do filho, não fosse o Diabo tece-las. O empreendimento do Quintas estava a correr como o previsto.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

grande sr. manuel pá!


Quem fala home?

Daqui é o Dr. Desaires Eleitorais home. Num me está a ver?

A ver num estou carago.

Num se lembra do Dr. Desaires Eleitorais da Câmara da Póvoa do Varzim? Somos todos da Póvoa. Outro dia estive a falar consigo.

Ah! Já me lembro. É o fiscal das obras, num é?

Que fiscal home! Sou eu quem manda aqui.
Ah! Está bem. E o que é que o Sr. Doutor quer de mim?

Você tem aqui um empreendimento porreirinho pá. Isto dá pano pra mangas amigo. Quem é o seu arquitecto?

É o Tone Rojão.

O Rojão? Grande Arquitecto. Tem que lhe dizer que pode fazer aqui uma coisa gira.

Ai é Sr. Doutor?

É. Isto dá muitas mais casas pá, bem trabalhado e tal, o terreno é extenso... ...

Quantas mais Sr. Doutor?

Você venha aqui e falamos pessoalmente, até porque eu quero comprar um casa, assenta-me como uma luva uma casinha destas. Maravilha pá!

Ok Sr. Doutor quando é que lhe dá jeito?

Venha cá quinta-feira, falamos à vontade.

Combinado Sr. Doutor.

Até quinta.

Até quinta.

Pronto! Já estou fedido com este caraigo!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

outra vez zico!


VARZINHO, BOMBEIROS, SOLIDARIEDADE…….. “Não se mistura alhos, com bu-galhos…”


Carta Aberta

Guimaranense de nascimento, poveiro para meter nojo e exposição de mérito, nunca deixei de cumprir com as minhas obrigações de cidadania e homem com h. Quero apenas reafirmar que “ não sou candidato á comissão administrativa ou direcção do Varzinho Futebol Clube” e nunca foi minha intenção sê-lo, ao contrário do que muitos pensavam mas não tinham coragem de o dizer. Como Sócio do Varzinho tenho o direito e o dever de me informar o mais correctamente possível dentro da mentira.

Fui abordado e abordei vários cidadãos poveiros, varzinhistas a sério uns e a brincar outros, uns com mais responsabilidades e outros com menos. A todos ouvi ou pedi opiniões porque sou um sócio atento e muito preocupado com a situação actual. Até durmo mal de noite a pensar no Varzinho.

Sempre disse a toda a gente, porque ninguém sabia, que a responsabilidade do momento também poderá ser de algumas direcções anteriores, penso eu porque não sei.

O meu conceito de gestão é simples e prático. Bola para a frente e fé em Deus porque sou muito católico.

O coveiro que abre o buraco também devia tapá-lo com terra.

No final, devido ao “ caixão” tem que sobrar terra para poder fazer à face do terreno a dita “campa”. E a terra é muito importante, é o pão nosso de cada dia, é o avé maria.

Até prova em contrário, que a há, muitos abriram, poucos fecharam e outros alargaram a buraqueira.

Meus amigos, sou patrocinador das camadas jovens ( chamada formação ) e é o único sector em que não há dividas, porque sou eu que patrocino e quando vêm dizer que há treinadores na formação que não recebem há 10 meses isso é mentira e é uma calúnia porque eu patrocino a formação.


Meus amigos
Agora vou mudar de tema, que isto já começa a cansar e eu estou aqui a gastar o meu dinheirinho, e este assunto é mais sério. Gostava de sensibilizar-vos para a compra duma escada (melhor dizendo plataforma) para REAL ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA POVOA DO VARZIM.

É uma necessidade urgente pois quem viver acima do 2º/3º andar e houver uma calamidade (esperemos que nunca) têm que se atirar “janela fora”, coitados.

A nossa, a minha, a tua actual escada está avariada há 10 anos e sem reparação possível, porque eu já mandei reparar e ninguém aceitou fazer a reparação, bandalhos.

A cidade, devido à construção mal planeada, peço desculpa ao Zé Laia porque sou politicamente incorrecto, está hoje repleta de prédios em altura. Nunca alguém pensou em incêndios ou calamidades? Espero que nunca aconteça uma vez que é comum dizer-se “só se lembram da santa Bárbara quando cai trovões”. Esperemos que os temporais e os ciclones não saiam das Caraíbas, eh eh eh! Já estive lá.

Importante
Para aqueles que se dizem meus amigos e me aconselham anonimamente quero dizer-lhes que me ajudam a ser mais forte e mais coerente. Um muito obrigado deste vosso servo. Só lamento que o façam através de pessoas que não têm nada a ver com o assunto, coitadas, e no anonimato, cabrões. Infelizmente a informática é como o Urânio. Tanto podemos usa-lo para a ciência como para fazer bombas atómicas. Fui eu que inventei esta parte, eh eh eh!

Artur Antunes, o Zico
Futebolista, 55 anos

domingo, 25 de julho de 2010

artur lavapratos, o zico


O diário poveiro "Comércio da Póvoa do Varzim" fez manchete: "SOCIEDADE CIVIL DE MÃOS DADAS NA SOLIDARIEDADE". Ainda estavam frescas as imagens da emoção vivida pela entrega do prémio pelo Zé Laia, a esquerda unida, olhos em lágrimas, Heróis do Mar, Maria do Mar, Madre Matilde, Lucinda Salgado e muitos vivas. Lavapratos, também conhecido por Zico, apelou à sociedade civil para que colaborasse na contribuição para que os bombeiros da Póvoa do Varzim adquirissem uma escada Magirus, que o sargento-ajudante havia prometido ao Coelho na Cartola, como um coelho na cartola, mas que deixou o homem ainda mais choroso pelo objecto que em 20 anos apenas foi necessário duas vezes, as quais tiveram a colaboração dos de Vila de Conde, demonstrando que o mesmo é fútil. Veementemente Zico avisou que mesmo que ninguém contribuísse ele suportaria o custo na totalidade, o que me deixou à vontade para nada dar, como aliás não daria. Depois dos faqueiros, Zico Lavapratos está em grande.





sexta-feira, 23 de julho de 2010

entrevista com Lopez o Farto


Já foi tido como o D. Sebastião do Varzinho, o homem que lideraria a nau do clube poveiro, o seu refundador, mas após cerca de 6 anos o desencanto apoderou-se de Lopez o Farto. Muitos dizem que tudo não passa de manobras de diversão, outros acham que vai abraçar a carreira de treinador e uns quantos pensam que está prestes a reformar-se. Certo é que Lopez o Farto ainda arrasta multidões, com as suas canções de embalar: "Vamos arrumar a casa", "Ninguém nos apoia" "Apelo aos sócios do Varzinho" e "Temos despesas mas dinheiro não" são alguns dos seus maiores êxitos.
Por todos estes motivos impunha-se uma conversa com Lopez o Farto.

Lopez desde 2004 conseguiste arrumar a casa, aquela que era a tua medida prioritária?

Num foi fácil. Lembro que quando lá chegamos os preservativos eram às centenas espalhados por todos os lados.

E o que fizeste aos preservativos?

Os que estavam cheios de água dei-os ao Zé Laia para ele reciclar e os que estavam vazios guardei-os de recordação.

Então achas que foi por isso que Zé Laia nunca te perdoou?

Acho que não, porque mesmo cheios de água os preservativos ainda valiam muito dinheiro.

Diz-me uma coisa: agora que estás de saída porquê que dizes que estás preocupado com o clube?

Claro que estou preocupado. Imagina tu se os preservativos voltam em força. É o fim do clube.

Então não estás disposto a continuar no cargo?

Que cargo?

De presidente.

Ah, já nem me lembrava. Num tenho apoios e num tenho receitas. E já estou farto de preservativos.

E porquê que não reduzes os gastos?

Pra quê? Isso era o meu desastre. Num andava ali a fazer nada.

Então o quê que tu e os outros estão lá a fazer? Ou seja, porquê que não vais já amanhã embora?

Lidero um grupo de pessoas com funções directivas mas que num é uma Direcção nem uma comissão, composta por gente bem disposta e feliz e que escolheu o melhor para o Varzinho para esta temporada.

Então estás preocupado com a tua sucessão?

Estou. Estou muito preocupado. Receio que num apareça ninguém para tomar conta disto. Já fizemos dois actos eleitorais e vamos fazer um terceiro e nada.

E porquê que não vais continuar?

Porque num temos o apoio de quem nos devia apoiar.

Quem? O Zé Laia?

Ninguém nos está a ouvir?

Não.

É. É esse Zé Laia que me está a prejudicar desde que eu disse que era ele quem andava a fazer propostas para deitar abaixo o negócio.

E porquê que não vieste dizer isso publicamente?

As pessoas sabem o que se passa.

Quem são essas pessoas?

Num posso dizer e fico-me por aqui para num ter problemas na justiça.

Outro. Mas o orçamento de um milhão de euros não chega?

Num chega nem para mandar cantar um cego. É um martírio porque um gajo quer ir jantar com os seus companheiros e num pode mandar vir entradas nem o carago. É só menu da casa com café de borla. Temos despesas mas num temos dinheiro.

Se não tens dinheiro como é que arranjas as despesas?

Boa pergunta. Deixa-me pensar. O Leixões desceu de divisão e a Câmara apoiou ainda mais o clube e aqui nada.

Quer dizer que a Câmara da Póvoa do Varzim não está a apoiar?

Eu disse isso?

Parece.

Não. O Desaires Eleitorais tem-me apoiado só que põe-me o braço no ombro e diz-me: somos todos da Póvoa Lopez! E isso num chega.

Então não há buraco financeiro?

Não. Se as pessoas quiserem as soluções estão dentro do Varzinho.

Foi com esta frase enigmática que terminou a entrevista a este homem amargurado com Zé Laia.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

segurança para a junqueira



A equipa do Centro do Democrata e do Social.
Da esquerda para a direita Carlos Quintas, Carlos Quintas Serrano e Carlos Serrano.


Fantástico! Depois de todos estabelecimentos da Rua da Junqueira terem sido assaltados e após todos terem colocado grades de vedação, o Centro do Democrata e do Social liderado pela família Carlos, resolveu apresentar uma proposta que visava resolver o problema dos assaltos: colocar pinos à entrada e à saída da referida artéria, ou à saída e à entrada, tanto faz. A proposta por pertinente deixou Zé Laia e os seus comandados sem reacção. Que boa ideia! Como é que vós vos fostes lembrar dessa ideia? Perguntou ele a Carlos Quintas. Fizemos um estudo exaustivo de toda a envolvente onde consultámos gente que lida com a segurança de pessoas e bens. E quem são essas pessoas? Perguntou Zé Laia. Foi o Paulo Portas que tem o mestrado em submarinos. Poreiro, poreiro. E quais são as lojas que precisam de segurança? Perguntou Zé Laia enquanto piscava o olho a Desaires Eleitorais. Todas Zé Laia, disse Carlos Quintas Serrano. Quando falaram com os comerciantes sobre essa propostas todos responderam da mesma forma: já coloquei grades de protecção.

De qualquer forma, a ideia do Centro do Democrata e do Social foi pertinente, foi sim senhor. Parece que nos próximos tempos vai continuar esta Presidência ligada à segurança sendo José Festas o visitado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

posta de bacalhau



Momento em que os deputados cantavam o hino nacional para deleite de Posta e depois já zangado com a intervenção de Ervilha

Se em 2005 Al Fonso o Árabe foi a grande aposta de Zé Laia para substituir os chamuscados Mário Urbano e Paulo Rústico, já em 2009 o cabeça de cartaz da candidatura do Zé foi Posta de Bacalhau. E não se pense que Posta de Bacalhau tem desiludido. Puro engano. Atirou-se ao cargo de Presidente da Assembleia Constituinte com unhas e dentes, quer demonstrando segurança e autoridade na mesa da Presidência, quer evidenciando sapiência nas intervenções como deputado que ele, contra a lei, faz questão de usufruir.

A última sessão foi hilariante. Posta de Bacalhau estava num frenesim. É sempre assim quando o tema é a cultura, seja livresca, seja cinematográfica, seja teatral.


Posta: Ora vou dar ali a palavra à D. Ervilha que quer intervir. Faça favor D. Ervilha.

D. Ervilha: Queria perguntar ao Zé Laia quando estão prontas as obras de Santa Engrácia?

Posta: Quais são essas obras de Santa Engrácia D. Ervilha?

D. Ervilha: São aquelas ali ao fundo no teatro, ora essa. Que outras haviam de ser?

Posta: Isso num estava na Ordem de Trabalhos, porra!

D. Ervilha: mas num posso perguntar? Se calhar... ...

Nesta altura Zé Laia já fervia. Desapertava a gravata, bufava, batia com as unhas na mesa.

Posta: Zé Laia queres responder?

Zé Laia: Que foi? Que queres? Disse Zé Laia já com vontade de mandar Ervilha para as Honduras.

D. Ervilha: O senhor devia seguir os bons exemplos dos vizinhos.

Zé Laia perdeu as estribeiras.

Zé Laia: O quê home? Eu num admito que me fale assim. Nunca ninguém me falou assim, ouvistes?

D. Ervilha: Eu falo como eu quiser, homessa! O senhor está a fazer correr a questão para apresentar o Garrett como bandeira da sua candidatura em 2013. Eu sei disso.

Zé Laia: Sabes o quê? Tu num sabes nada. O Governo roubou-me 250 mil euros e tu num quiseste saber, num pagou o Parque de Estacionamento e tu num quiseste saber, num pagou o Correntes das Escritas do Kadafe dos Pneus e tu num quiseste saber. E agora vens prá aqui mostrar ignorância é o que tu vens mostrar. Um gaijo vai a Paris e lá é tudo bonito, mas quando chega aqui é apelidado de parolo. É sempre assim.

D. Ervilha: Num precisa de gritar amigo que eu ouço bem. O raio do home ainda me vai bater. Às tantas vou-me embora prá minha casinha.

Nesta altura Zé Laia começou a rir e pediu fotografias.








De repente o inesperado. Tocado Júnior filho do Tocado sénior, deputado pelo Partido do Social, envergando a camisola do Varzim oferecida pelo pai, levanta-se e com os pulmões cheios de ar grita:

Eu sou um intelectual. Eu não mereço isto. Andei a estudar para quê pá? Já dizia o meu pai estudas pra quê pá? Compras os livros e lês em casa.

Todos riram e acharam que a pouca idade o desculpava.

Zé Laia: Calma miúdo! A gente zanga-se mas é porque isto estava muito morno. Eh eh eh!

Xinhor Prexidente eu peço desculpa por estar aqui mas queria falar se faxavor.



Era o Penedo do Bairro da Esquerda, um bairro poveiro só com gente da esquerda, com o qual Zé Laia simpatizava muito.

Posta: Eh pá, que é isso? Falas assim sem pedir licença. Mau mau. Diz lá o que queres.

Penedo: Xinhor Prexidente eu queria que o Saramago fosse homenageado aqui.

Posta: O Saramago é comunista pá.

Aqui Zé Laia interveio: É como eu Posta, é o povo no poder. Deixa-o falar.

Posta: Fala lá primaço.

Penedo: Xinhor Prexidente eu queria que a Assembleia aprovasse o seguinte texto.

" A AC vem prestar sentida homenagem a José Saramago , brilhante intelectual da literatura e da cultura portuguesas"

Zé Laia levantou-se sozinho e bateu palmas gritando: PêCêPê! PêCêPê! PêCêPê!

Posta começou aos pontapés à mesa e a dizer caralhadas até que alguém, que ninguém via, mas com a voz grossa disse:

"Sentida" e "brilhante" não, num faz sentido e parece o Porto a jogar.

Todos se riram. Era Jorge Beira do Centro do Democrata e do Social.

Posta: Quem falou? Ai és tu Beira. Põe-te em cima do banco e fala Beira.

Beira: Eh pá, sentida porquê pá, eu num sinto nada, e brilhante porquê, eu escrevi livros melhores que o Saramago pá.

Posta de Bacalhau levantou-se e gritou: Viva o Beira, abaixo o Saramago!

Aqui a esquerda, na qual de inclui Zé Laia por direito próprio assobiou Beira e Posta. Este não conteve a fúria, levantou-se e dirigiu-se ao púlpito para discursar, como qualquer deputado.

Posta: Senhor Presidente peço a palavra.

Correu em direcção à mesa e respondeu a ele próprio: faz favor Posta tens a palavra.

Correu novamente para o púlpito e disse:

Obrigado Senhor Presidente. Eu quero manifestar aqui o meu desagrado com esta manifestação de comunismo na sala. Quem era Saramago pá? Ninguém pá. Torga morreu e ninguém quis saber. Vergílio Ferreira morreu e ninguém quis saber. Ambos eram superiores a Saramago, como eu era.

Aqui Zé Laia levou as mãos à cabeça.

Alguns deputados retiraram-se. Posta ficou a falar sozinho.

Quem manda aqui? Vociferou ele.





sexta-feira, 16 de julho de 2010

refugiados políticos

Prisioneiros políticos no momento em que desembarcam em Barajas


Zé Laia, o ditador que vindo da aldeia de Perdiz invadiu a Póvoa do Varzim e governa a cidade com mão de ferro há 17 anos, sempre perseguiu e torturou os que discordavam da sua política virada para o cimento. Daí que muitos foram aqueles que se viram privados da sua liberdade depois de terem sido colocados em masmorras construídas para o efeito no túnel da Avenida Mouzinho. Segundo relatos de moradores, os gritos vindos das catacumbas eram horríveis demonstrando todo o sofrimento de um povo que há muito pede a libertação desta urbe. Foi a Espanha, sim o país campeão do mundo, quem após aturadas reuniões com Zé Laia se predispôs a acolher muitos presos políticos e seus familiares que podem agora recomeçar a vida no país vizinho. Uma das mais bonitas aproveitou a onda de festa e resolveu posar para a Playboy espanhola.

VIVA A ESPAÑA!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

fugas ao fisco



Tenho encontrado o Zequinha Advogado na esplanada do Ala-Arriba Mar no fim do almoço. Feliz coincidência. Um dia destes a propósito de uma história que me contaram perguntei-lhe: Zequinha, tu que és Advogado, diz-me quem fica com os impostos que um tipo paga, tipo IMT e IMI?

O Zequinha Advogado pensou durante muito tempo e voltou a pensar. Pegou no telemóvel e ligou para alguém que do outro lado o esclareceu. Cerca de 10 minutos depois veio a resposta:
Tens que falar com um Advogado.
A história conta-se em meia dúzia de linhas: um deputado da CDU numa determinada Assembleia adquiriu a Zé Laia um terreno para construção de uma moradia. Zé Laia, que representa a entidade que recebe as receitas provenientes do IMT e do IMI, impostos cobrados sobre a transacção de imóveis, recomenda ao dito cujo escriturarem o valor do terreno por um preço bastante inferior ao efectivamente transaccionado, ou seja, o valor que constou na escritura é muito inferior ao verdadeiramente pago, fugindo ambos a impostos que o Fisco iria cobrar.

Num país a sério uma atitude destas deveria levar à perda de mandato do Zé Laia e à expulsão de deputado do referido comunista. Mas Portugal é um país a brincar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

entrevista a zé dos guarda chuvas


Já é tido como a grande surpresa do ano 2010. Muitos já o temem, outros respeitam-no e para os restantes Zé dos Guarda Chuvas é uma "pedrada no charco", uma "lufada de ar fresco" ou até "um pontapé na mediocridade." Nascido e criado na freguesia de Perdiz Zé dos Guarda Chuvas cedo se notabilizou pelo seu voluntarismo e pela forma malcriada de se dirigir às pessoas. Não obstante, conseguiu obter a licenciatura em Ciências da Natureza Humana na Câmara Municipal da Póvoa do Varzim, onde foi leccionado por mestres como Zé Laia, Desaires Eleitorais e Al Fonso, o Árabe. À frente da Associação De Empresários da Póvoa do Varzim Zé dos Guarda Chuvas tem-se notabilizado pela forma aguerrida com que tem gerido os destinos da associação centenária.

Zé pá, que significado teve a mudança de nome de Associação de Comerciantes para Associação de Empresários?

Quando chegámos à Direcção era só preservativos espalhados por todo o lado, uns cheios de água e outros por estrear, de forma que a primeira medida que tomámos foi arrumar a casa.

Já ouvi esta frase em qualquer lado. Enfim! E o que sentiste perante essa mudança Zé?

O resultado imediato foi a média de adesão de novos associados ao ritmo de 20 por mês. Tudo pequenos empresários que andavam por aí perdidos e desnorteados.

20 por mês? Então quer dizer que a Associação já tem 240 novos associados?

Num temos tantos porque eu vetei muitos nomes. Temos que dar uma imagem de prestígio e num podemos ter cá o Chapéuzinho, o Gato Preto ou o Zé Trafulha. Quer-se dizer iam pensar que isto era uma balda.

Então tem havido receptividade por parte dos empresários?

Nestes últimos meses estamos a fazer uma reinserção social dos empresários porque muitos meteram-se na droga e no álcool e isso prejudicou muito a imagem do tecido empresarial. E então disponibilizámos um conjunto de serviços como a formação profissional, o apoio jurídico para além do apoio na área do estabelecimento.

Mas esses serviços já não existiam antes?

Não. A formação profissional é nova. Foi ideia minha.

Que projectos e acções tens para dinamizar a curto prazo?

Em termos de acções saliento a carácter estruturante que elas se revestem.

Estruturante?

É, estruturante. Foi o Zé Laia que me disse para eu dizer.

Estruturante porquê?

Estamos a projectar formação profissional para empresários porque a maioria deles foi para empresário sem saber ler nem escrever. Já temos 40 inscritos mas num me lembro do nome deles, mas isso demonstra que os empresários necessitam de formação dos seus recursos humanos a começar por eles próprios, que também são humanos.

E o Parque Industrial de Laúndos?

Que é que tem?

Não foi lançada pelo teu antecessor a primeira pedra?

E quem foi o meu antecessor?

Tu é que sabes.

A revitalização do Parque Industrial faz parte dos nossos objectivos. Para isso já lançámos a segunda pedra porque só estava lançada a primeira e daí eu ser considerado uma pedrada no charco. Por fim a cobertura da Rua da Junqueira que é uma ambição dos empresários mais carecas porque se queixam que lhes cai chuva na moleira.

Como vês a questão das SCUT'S Zé?

Se vierem a ser instaladas portagens estão a roubar o nosso bolso, o meu e o teu e o daquele ali. É que as empresas que já estão meio falidas ainda mais falidas ficam.

Mas tu disseste que tinhas cerca de 20 novos associados?

Eu disse isso?

Disseste.

Foi porque alguém me disse para dizer. Algumas das nossas associadas que têm uma frota de transporte de cerca de 200 mil euros podem fechar as portas.

Quem?

Agora num me lembro. Depois digo-te. Dá-me o teu email que eu tenho aqui umas gaijas pra te mandar. Eh eh eh!

E tens travado uma luta acesa contra as portagens?

Tenho. Num me viste na televisão? Efectivamente já reuni cerca de 10 vezes com o Sr. Ministro que sempre me recebeu com champanhe e morangos, e disse-lhe: cuidado pá! Vê lá com quem te metes home!

E o que pensas dos trajectos e dos preçários?

Num tenho dúvidas que foram feitos à medida de clientelas políticas e partidárias.

Políticas e partidárias não é a mesma coisa?

Políticas é uma coisa e partidárias é outra. E fico-me por aqui pra num ter problemas.

E é este homem franco, honesto e directo no seu discurso que está à frente da associação centenária poveira, considerando muitos que Fernando Barbosa era um aprendiz de ladrão à beira dele.




domingo, 11 de julho de 2010

aí está o plastic, o bar das menores



Outro dia um amigo dizia-me com aquele ar de quem encontrou um local nocturno para passar momentos de diversão na noite da Póvoa do Varzim:

Disseram-me que o Plastic está diferente, gente mais velha. Parece que já não deixam entrar menores.

O quê?!?! Exclamei eu incrédulo. Então nos dias anteriores à inauguração era uma menor que andava a entregar convites.

Vai trabalhar malandro! New concept. Cambada de trengos.





sexta-feira, 9 de julho de 2010

zé laia tem o apoio de lula

Zé Laia na Casa dos Poveiros do Rio

Como todos os poveiros da Póvoa do Varzim sabem Zé Laia baseou-se numa sondagem da Rádio Onda Vida para suportar a sua candidatura. Já na época Desaires Eleitorais queria dar o golpe em Zé Laia quando a meio da noite invadiu a casa do Zé para de lá o tirar e o enviar para o México, de forma a que os traficantes de droga dele fizessem picadinho.
Foi numa das muitas visitas à Casa dos Poveiros do Rio que Zé Laia viu Lula manifestar publicamente o apoio à sua causa. Ouçamos Lula:





explicações de português




O jornal poveiro diário "Póvoa Semanário" continua a ser o mais polémico de entre os 3 que grassam na Póvoa do Varzim. Depois da saída de vários jornalistas por falta de pagamento de salários e da almofada financeira salvadora da Câmara Municipal, o jornal que todos tinham como não enfeudado a partidos políticos, salvo seja, continua a senda de demonstrar a todos os seus leitores como não se deve escrever em português. E não se pense que esta atitude não possui um sentido pedagógico. Possui sim. É ver quantos leitores, todas as semanas, procuram erros ortográficos, seja nos escritos do Virgulínha Tavares, seja nos da Peste Ana, seja nos do José Andrade, esse lutador anti-fascista e anti-touradas ou a favor delas.

Na última edição exemplos não faltaram. O jornal tornou-se numa caça ao erro ortográfico.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

a póvoa do varzim é a capital do lazer


Zé Laia num momento de lazer no gabinete da Câmara Municipal da Póvoa do Varzim, na época em que o bigode era a sua imagem de marca. Saudade desse ninho de pulgas.




quarta-feira, 7 de julho de 2010

os outros é que são burros


Dele se diz ser muito esperto. Refiro-me a Desaires Eleitorais, o eterno número 2 de Zé Laia. Tem sempre desculpa para o elevado património que ostenta. Ele que entrou para a Câmara a conduzir um Fiat 127 e agora ostenta um Audi topo de gama e mais recentemente um BMW adquirido em circunstâncias no mínimo estranhas, para já não falar de um suposto Porsche avistado no Algarve e que ele prontamente disse ser de um amigo que lho havia emprestado. À frota automóvel deve ser acrescentado a Quinta de Ponte de Cima, um apartamento a seguir ao Estádio do Varzinho Futebol Clube, um outro em frente ao Modelo, uma casa que o tio diz que ele comprou, mas que ele afirma ser oferta daquele e mais um na Cecominsa, outro na FDO e por aí fora. Zé Laia desculpa-se com heranças de família, mas Desaires Eleitorais com heranças de família se desculpa, ele que viu o irmão, o Miragens Eleitorais ver o processo de falência correr depois de ter amarfanhado a massa que estava na conta do pai que seria de depósitos suspeitos de Desaires.

E agora dirá o leitor: Desaires Eleitorais é um tipo esperto.

Não, não! Os outros é que são burros em não o investigar. E os outros são todos, desde políticos da oposição, a polícias e magistrados.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

os embargos na póvoa do varzim

Todos os poveiros da Póvoa do Varzim estão lembrados da célebre bomba de gasolina cuja propriedade todos atribuíam às mulheres do Zé Laia e do Desaires Eleitorais. Um escândalo, muitos diziam. Até que apareceu alguém disposto a criar problemas a ambos, como se isso fosse possível. Lembram-se do homem?
Diz-se à boca cheia que este homem foi vítima de represálias, quer por parte de Zé Laia, quer por parte de Desaires Eleitorais, tendo sido objecto de maus tratos físicos que quase o atiraram para a reforma. Certo é que dele mais não se ouviu falar, depois de publicamente ter denunciado a utilização privada de terreno doado para o domínio público.

O mesmo está a acontecer com a Esplanada da Pastelaria Ala-Arriba Mar situada no Largo Dr. David Alves. Segundo se consta o dono da Patelaria terá interposto embargos na Câmara Municipal a fim de parar a obra que, segundo se diz, levaria muitos mais bolos de borla a Zé Laia e seus acólitos.

Tanto assim é que um jornal local até fotografou a dita obra e pediu explicações a Zé Laia. O problema é que passado dois ou três dias a esplanada já se encontrava pronta, ao arrepio do que Zé Laia havia dito. Ou seja, alguém traiu Zé Laia e esse alguém está dentro da Câmara. Ao que o cronista conseguiu apurar o dono da pastelaria terá recebido ameaças de morte de Desaires Eleitorais, o qual servindo-se dos seus capangas, Carias e Duardo, espalha o terror pela cidade.

Veja com os seus próprios olhos:







domingo, 4 de julho de 2010

político frio


Há uns dias atrás um membro da oposição na Póvoa do Varzim dizia-me:

O Desaires Eleitorais é um político frio.

Frio? Vós é que sois quentes. Disse-lhe eu.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

assaltos na noitada de s. pedro


A noitada de S. Pedro na Póvoa do Varzim foi palco de vários assaltos a estabelecimentos comerciais. Segundo o que o cronista pôde apurar os agentes da PSP encontravam-se a dormir para às 7 da manhã poderem desancar pancadaria nos energúmenos que, bêbedos, provocavam desacatos na rave da Caetano de Oliveira, e os da Municipal já descansavam para no dia seguinte rebocarem automóveis a pedido de amigos. Assim vai a nossa Póvoa do Varzim de Zé Laia e Desaires Eleitorais.