quarta-feira, 30 de junho de 2010

cenas de violência no s. pedro da póvoa do varzim


As festas de S. Pedro 2010 na Póvoa do Varzim ficam marcadas, mais uma vez, por cenas de extrema violência protagonizadas por bandos de adolescentes completamente embriagados que invadiram a Rua Caetano de Oliveira e a Esplanada do Carvalhido, conferindo assim protagonismo às dezenas de sanguessugas que se instalaram pelas ruas e no exterior de cafés e restaurantes a vender bebidas alcoólicas a menores.
Tudo isto aconteceu com a complacência de Zé Laia e Desaires Eleitorais que, nesta altura do ano, tudo permitem apenas para obter receitas para satisfazer compromissos de tesouraria. Do verdadeiro e genuíno S. Pedro pouco resta.
A PSP só compareceu de manhã quando os adolescentes já se combatiam em plena rua munidos de garrafas de vidro partidas com a intenção de se ferir uns aos outros. Lamentável.










terça-feira, 29 de junho de 2010

a polícia municipal



O Desaires Eleitorais devia andar pela cidade ao fim-de-semana para vigiar o que os tipos da Polícia Municipal andam a fazer. Só sabe visitar os apartamentos dados pelos empreiteiros.Um dia vou contar aqui umas histórias. A quem se pode apresentar queixa sobre a Polícia Municipal da Póvoa do Varzim? Ao Ministério da Administração Interna? Ao Ministério Público? A quem? É que apresentar queixa na Câmara é como mandar tudo para o lixo.







domingo, 27 de junho de 2010

festas de s. pedro na póvoa do varzim


A grande velocidade aproxima-se a noitada de S. Pedro, o único genuíno evento integrado nas festas em honra do Santo. De facto, não se entende como o programa criado pela Câmara se estenda por cerca de 10 dias, até porque a maioria dos eventos não têm qualquer interesse, servindo apenas para encher. Muitos são de opinião que o S. Pedro só termina em Setembro tendo em conta a quantidade de espectáculos medíocres que invadem o Largo do Passeio Alegre, talvez a zona mais nobre da cidade e que deveria servir apenas para lazer dos transeuntes.
Resumindo: a mediocridade ao mais alto nível.







sexta-feira, 25 de junho de 2010

zé laia é entrevistado







Acontece sempre com os grandes homens, aqueles que são actores da história, aqueles que a fazem, que a alteram, que a estragam. Zé Laia está votado ao abandono. Por amigos, por correligionários, pela imprensa, pelas elites. As elites que ele tanto aprecia ao ponto de ser seu desejo a elas pertencer.

Zé Laia amarelaste.

É. Amarelei e de que maneira. Eh eh eh!

Achas que os poveiros da Póvoa do Varzim podem sentir orgulho da sua terra?

Podem como eu posso.

E tu podes?

Posso.

Que grandes obras te faltam fazer?

Nenhumas. Tenho-as todas feitas.

E o Garrett?

Essa num é uma grande obra.

E a ETAR?

Essa também num é.

E o estádio do Varzinho?

Essa já é. Quer-se dizer, não o estádio em si mas a saída dele, eh eh eh!

Quem achas que vai ser o teu sucessor?

Eu gostava que fosse o Al Fonso, o Árabe, mas o Desaires já deu um sinal.

E que sinal foi esse?

Piscou os olhos.

Como é que vês a cidade da Póvoa do Varzim?

Está muito melhor. Nestes 17 anos desenvolveu-se muito e, é verdade, pessoas de todos os quadrantes políticos me dão os parabéns: Zé a Póvoa está mais desenvolvida., dizem eles. Malandros! Até as elites que num querem saber do Varzinho para nada me elogiam: Zé és o maior, dizem eles.

Mas em 17 anos não havia de estar?

Eu acho que não. Está porque fui eu que a desenvolvi. Sabes sou um visionário e quero ser visto como tal.

A Póvoa é uma cidade cara?

Não. Já tive várias propostas de elites que a queriam comprar, mas eu disse que não. A sustentabilidade é o meu maior segredo e daqui a 20 anos o que cá estiver há-de dizer: pá aquele gajo que cá esteve era um visionário. Só tinha visões.

O que pensas sobre o aumento do desemprego na Póvoa do Varzim?

Estou preocupado.

E o aumento da criminalidade?

Quem? O Desaires Eleitorais? Eh eh eh!

Não. A outra criminalidade?

Estou preocupado também.

O que pensas fazer quando saíres da Câmara?

Estou preocupado.

Com quê?

Porque queria ter mais uma reformazinha e num vejo jeitos.

Porquê?

O hospital num anga prá frente.

Já estás a pensar num tachinho lá?

Quem num pensa?

Estás a pensar fazer o mandato até ao fim?

Num estava mas agora estou. O Desaires anda aí a armar-se e eu tenho que controlar a situação.

Nas últimas eleições o Partido do Social e do Democrata esteve em riscos de perder. Que achas que aconteceu?

Pá, aquilo foi por causa da prova de automóveis que incomodou as pessoas.

Então achas que a culpa é do Desaires Eleitorais?

Não. A culpa é do Tone.

Que Tone?

O Tone.

Mas ele já não anda por aí.

Ai não num anda.

E as portagens na A28?

Estou preocupado.

E o saneamento?

Estou preocupado.

Achas que o Varzinho pode jogar no estádio Municipal?

Pode jogar já amanhã.

Mas amanhã não há jogos.

Por isso mesmo. Amanhã pode, depois de amanhã já num pode. Só amanhã. Eh eh eh!

E isso preocupa-te?

Preocupa.

O que achas do Sócrates?

Apoiava-o mas desde que o novo Hospital ficou em águas de bacalhau já num apoio. Está ferido de morte. Estou como S. Tomé.

Consideras-te um homem livre?

Livre de quê?

Tu é que disseste que eras um homem livre.

Pois disse. Eu esteve a ler aquele filósofo grego, o Gastão, e aprendi que um homem livre vê-se a si próprio.

Porquê que vais homenagear o Nero?

Porque é um homem de esquerda como eu.

E também vais querer ser homenageado quando saíres?

Não. Um champanhezito chega.


Com as lágrimas nos olhos se despediu Zé Laia, um homem amargurado pelas traições de que foi vítima pelos próprios comparsas.











quarta-feira, 23 de junho de 2010

zé laia amarelou


O convite endereçado pelo cronista deixou Zé Laia comovido: tratava-se da sua primeira grande entrevista depois da esmagadora vitória nas últimas eleições, as quais o perpetuam no poder por mais 4 e últimos anos.


Ninguém me quer entrevistar, começou por desabafar Zé Laia. O Desaires Eleitorais tem tudo controlado, rematou ele.


É este homem caído, choroso e imensamente triste que irá dizer o que lhe vai na alma em assuntos tão polémicos, como o Varzinho Futebol Club, a sua sucessão, as grandes e as pequenas obras na Póvoa do Varzim e, claro está, as suas ambições para o futuro.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

está tudo bêbedo



Foi uma festa sem igual: a Póvoa do Varzim e as suas gentes engalanaram-se para receber um prémio há muito aguardado e nunca atribuído: o famoso prémio "Cidades Limpas", em que aos municípios seleccionados é atribuído um foral que permite... ...Pois, não sei o que permite. Sei que esse prémio deixa as nossas gentes felizes e contentes e isso é que é o mais importante porque o resto vem por acréscimo.
O maior segredo, porém, reside nos critérios de atribuição desse galardão, que é verde e mais se parece com um rótulo de uma garrafa de vinho, algo que agradou a Desaires Eleitorais que não conteve a emoção no momento da recepção do prémio.





domingo, 20 de junho de 2010

como se cala um melro


O Lopez o Farto andava farto, farto de gastar dinheiro mal gasto, farto de contratações falhadas, farto de ter a casa desorganizada e farto de ouvir Zé Laia. Até que explodiu e explodiu de forma violenta. Lopez não teve pejo, ainda que indirectamente, em dizer que Zé Laia andava a tentá-lo com propostas tentadoras. Mas ele era santo, honesto, correcto e obediente e vai daí calou-se. Nunca mais ninguém o ouviu falar, ele que tinha prometido contar "toda a verdade" ao programa "60 minutos". Como se cala um melro? Perguntará o leitor.

sábado, 19 de junho de 2010

vem aí o garrett


Zé Laia já demonstrou que tem muita experiência a lidar com empreiteiros e daí os poveiros da Póvoa do Varzim poderem estar descansados quanto ao facto de as obras do cine-teatro estarem paradas. Zé Laia vai accionar as garantias bancárias que o Mesquita e a Aurora Cunha entregaram sem saberem nos problemas em que se estavam a meter. É que Zé Laia não costuma perdoar nestas situações. Veja-se o que aconteceu com a MSS que tentou fazer-lhe frente e zás! Faliu. E o mesmo vai acontecer ao Mesquita. Vai falir que se vai falir! Quem vai ficar a ganhar? Claro que vão ser os poveiros da Póvoa do Varzim que já estavam a fazer contas em gastar dinheiro em cinema e teatro e, desta forma, vão poder poupar mais uns euros neste período de crise violenta. Viva Zé Laia!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

sem bigode as circunstâncias alteram-se

Até parece o Carlos Queiroz



É o facto político do ano na Póvoa do Varzim: Zé Laia resolveu cortar o bigode ao fim de 16 anos de poder ditatorial na Póvoa do Varzim. E não se pense que é algo inócuo em termos políticos. Não é não. Temo que os vilacondenses de Vila de Conde possam ter que o aturar por mais uns anos numa candidatura imprevista e imprevisível, e nós poveiros da Póvoa do Varzim termos que aturar o Mário de Almada com cabelo. Tenham medo, tenham muito medo. Fica apenas uma dúvida: será que Desaires Eleitorais também vai rapar o bigode dele? E o Kadafe dos Pneus irá renunciar à peruca? E o Al Fonso, o Árabe, renegará a barba?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

paga do teu bolso animal



O animal que pagou 45 000 Euros pela porcaria do espaço radical na Póvoa do Varzim e dois anos depois mandou retirar tem que deixar de se esconder atrás da capa do anonimato. Que dê a cara! Que apareça! Que se responsabilize! Que pague aquilo do seu bolso.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

quem veio foi o lula

Zé Laia estava orgulhoso da obra de engenharia, cujo know how que só ele tinha, iria trazer fortunas para os cofres da autarquia pela venda de direitos de autor. Tratava-se da obra do século, um túnel que rasgou a cidade da Póvoa do Varzim de lés a lés. Nunca mais essa avenida iria ser a mesma. Acabou-se a brincadeira, vociferou Zé Laia numa reunião com a imprensa saloia da Póvoa do Varzim. A obra, igual a uma outra construída a 42 quilómetros de distância, deixara Zé Laia eufórico: foi o meu melhor mandato, dizia ele, foi obra que nunca mais acaba, sussurrava ele para a vereadora Andreia Nulidade. Desfez-se em contactos pessoais, formais e informais com o Gabinete da Presidência da República no sentido de trazer o Cavaco à inauguração. Centenas de telefonemas depois quem veio foi o Lula. Num está mau, conformou-se Zé Laia.








domingo, 13 de junho de 2010

o engenheiro dos caracolinhos


O Engenheiro dos Caracolinhos era muito apreciado no balcão do Montepio Geral cuja agência se situa mesmo ao lado da Casa da Pouca Vergonha. Sempre foi tido como um dos melhores depositantes. Não era de certeza pelo salário mensal.

sábado, 12 de junho de 2010

o jornal não chegava para tanto guarda-chuva











Zé dos Guarda Chuvas estava em todas. Era a companhia de seguros, era a Associação dos Empresários da Póvoa do Varzim, era a política. O jornal não chegava para tanto guarda-chuva. Até chegou a falsificar a assinatura do tesoureiro que quase lhe partia as bentas quando tomou conhecimento. E foi numa sessão pública que mais se sentiu a tensão entre os dois, prevendo alguns que a situação descambasse para a violência.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

zé laia gosta é de champanhe


Zé Laia era conhecido pela forma inteligente como conseguia enganar os poveiros da Póvoa do Varzim. Numa das últimas medidas que tomou Zé Laia conseguiu enganar a oposição e a própria comunicação social que, normalmente, assume um papel de controle institucional.
Todos reclamavam do preço da água e Zé Laia mantinha-se em silêncio. O Partido do Social invocava injustiça e Zé Laia respondia com Justiça, o Centro da Democracia e do Social invocava disparidades e Zé Laia disparava.
Até que convocou uma conferência de imprensa. Zé Laia tossiu muito antes de começar a falar, demonstrou até alguma dificuldade física, mas falou e falou para todos perceberem:

A partir do próximo Verão a água na Póvoa do Varzim vai estar mais barata. Disse ele com voz grave.

E continuando: Quem consumir menos vai pagar menos. Quem consumir mais vai pagar mais, de forma que menos com menos dá mais e mais com mais mais dá.

A imprensa só percebeu a primeira parte, de forma que todos os poveiros da Póvoa do Varzim passaram a consumir menos e, claro, a pagar menos.

Zé Laia, Desaires Eleitorais, Kadafe dos Pneus e Al Fonso, o Árabe riram muito e comemoraram com champanhe.

terça-feira, 1 de junho de 2010

zé laia tem mau feitio


Os dois irmãos entreolharam-se quando leram a carta: convocados para uma reunião. Lá compareceram pensando que o assunto ficaria definitivamente resolvido. Zé Laia estava prostrado na penumbra, o cheiro a mofo era intenso. Quanto quereis pela casa, murmurou ele. Num está à venda Sr. Zé Laia, responderam os irmãos. Rua, rua daqui pra fora, gritou Zé Laia descontrolado. Só o sacristão o consolou.