Já foi tido como o D. Sebastião do Varzinho, o homem que lideraria a nau do clube poveiro, o seu refundador, mas após cerca de 6 anos o desencanto apoderou-se de Lopez o Farto. Muitos dizem que tudo não passa de manobras de diversão, outros acham que vai abraçar a carreira de treinador e uns quantos pensam que está prestes a reformar-se. Certo é que Lopez o Farto ainda arrasta multidões, com as suas canções de embalar: "Vamos arrumar a casa", "Ninguém nos apoia" "Apelo aos sócios do Varzinho" e "Temos despesas mas dinheiro não" são alguns dos seus maiores êxitos.
Por todos estes motivos impunha-se uma conversa com Lopez o Farto.
Lopez desde 2004 conseguiste arrumar a casa, aquela que era a tua medida prioritária?
Num foi fácil. Lembro que quando lá chegamos os preservativos eram às centenas espalhados por todos os lados.
E o que fizeste aos preservativos?
Os que estavam cheios de água dei-os ao Zé Laia para ele reciclar e os que estavam vazios guardei-os de recordação.
Então achas que foi por isso que Zé Laia nunca te perdoou?
Acho que não, porque mesmo cheios de água os preservativos ainda valiam muito dinheiro.
Diz-me uma coisa: agora que estás de saída porquê que dizes que estás preocupado com o clube?
Claro que estou preocupado. Imagina tu se os preservativos voltam em força. É o fim do clube.
Então não estás disposto a continuar no cargo?
Que cargo?
De presidente.
Ah, já nem me lembrava. Num tenho apoios e num tenho receitas. E já estou farto de preservativos.
E porquê que não reduzes os gastos?
Pra quê? Isso era o meu desastre. Num andava ali a fazer nada.
Então o quê que tu e os outros estão lá a fazer? Ou seja, porquê que não vais já amanhã embora?
Lidero um grupo de pessoas com funções directivas mas que num é uma Direcção nem uma comissão, composta por gente bem disposta e feliz e que escolheu o melhor para o Varzinho para esta temporada.
Então estás preocupado com a tua sucessão?
Estou. Estou muito preocupado. Receio que num apareça ninguém para tomar conta disto. Já fizemos dois actos eleitorais e vamos fazer um terceiro e nada.
E porquê que não vais continuar?
Porque num temos o apoio de quem nos devia apoiar.
Quem? O Zé Laia?
Ninguém nos está a ouvir?
Não.
É. É esse Zé Laia que me está a prejudicar desde que eu disse que era ele quem andava a fazer propostas para deitar abaixo o negócio.
E porquê que não vieste dizer isso publicamente?
As pessoas sabem o que se passa.
Quem são essas pessoas?
Num posso dizer e fico-me por aqui para num ter problemas na justiça.
Outro. Mas o orçamento de um milhão de euros não chega?
Num chega nem para mandar cantar um cego. É um martírio porque um gajo quer ir jantar com os seus companheiros e num pode mandar vir entradas nem o carago. É só menu da casa com café de borla. Temos despesas mas num temos dinheiro.
Se não tens dinheiro como é que arranjas as despesas?
Boa pergunta. Deixa-me pensar. O Leixões desceu de divisão e a Câmara apoiou ainda mais o clube e aqui nada.
Quer dizer que a Câmara da Póvoa do Varzim não está a apoiar?
Eu disse isso?
Parece.
Não. O Desaires Eleitorais tem-me apoiado só que põe-me o braço no ombro e diz-me: somos todos da Póvoa Lopez! E isso num chega.
Então não há buraco financeiro?
Não. Se as pessoas quiserem as soluções estão dentro do Varzinho.
Foi com esta frase enigmática que terminou a entrevista a este homem amargurado com Zé Laia.
Por todos estes motivos impunha-se uma conversa com Lopez o Farto.
Lopez desde 2004 conseguiste arrumar a casa, aquela que era a tua medida prioritária?
Num foi fácil. Lembro que quando lá chegamos os preservativos eram às centenas espalhados por todos os lados.
E o que fizeste aos preservativos?
Os que estavam cheios de água dei-os ao Zé Laia para ele reciclar e os que estavam vazios guardei-os de recordação.
Então achas que foi por isso que Zé Laia nunca te perdoou?
Acho que não, porque mesmo cheios de água os preservativos ainda valiam muito dinheiro.
Diz-me uma coisa: agora que estás de saída porquê que dizes que estás preocupado com o clube?
Claro que estou preocupado. Imagina tu se os preservativos voltam em força. É o fim do clube.
Então não estás disposto a continuar no cargo?
Que cargo?
De presidente.
Ah, já nem me lembrava. Num tenho apoios e num tenho receitas. E já estou farto de preservativos.
E porquê que não reduzes os gastos?
Pra quê? Isso era o meu desastre. Num andava ali a fazer nada.
Então o quê que tu e os outros estão lá a fazer? Ou seja, porquê que não vais já amanhã embora?
Lidero um grupo de pessoas com funções directivas mas que num é uma Direcção nem uma comissão, composta por gente bem disposta e feliz e que escolheu o melhor para o Varzinho para esta temporada.
Então estás preocupado com a tua sucessão?
Estou. Estou muito preocupado. Receio que num apareça ninguém para tomar conta disto. Já fizemos dois actos eleitorais e vamos fazer um terceiro e nada.
E porquê que não vais continuar?
Porque num temos o apoio de quem nos devia apoiar.
Quem? O Zé Laia?
Ninguém nos está a ouvir?
Não.
É. É esse Zé Laia que me está a prejudicar desde que eu disse que era ele quem andava a fazer propostas para deitar abaixo o negócio.
E porquê que não vieste dizer isso publicamente?
As pessoas sabem o que se passa.
Quem são essas pessoas?
Num posso dizer e fico-me por aqui para num ter problemas na justiça.
Outro. Mas o orçamento de um milhão de euros não chega?
Num chega nem para mandar cantar um cego. É um martírio porque um gajo quer ir jantar com os seus companheiros e num pode mandar vir entradas nem o carago. É só menu da casa com café de borla. Temos despesas mas num temos dinheiro.
Se não tens dinheiro como é que arranjas as despesas?
Boa pergunta. Deixa-me pensar. O Leixões desceu de divisão e a Câmara apoiou ainda mais o clube e aqui nada.
Quer dizer que a Câmara da Póvoa do Varzim não está a apoiar?
Eu disse isso?
Parece.
Não. O Desaires Eleitorais tem-me apoiado só que põe-me o braço no ombro e diz-me: somos todos da Póvoa Lopez! E isso num chega.
Então não há buraco financeiro?
Não. Se as pessoas quiserem as soluções estão dentro do Varzinho.
Foi com esta frase enigmática que terminou a entrevista a este homem amargurado com Zé Laia.
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