segunda-feira, 12 de março de 2012

varzim 2 - limianos 2

Nem consigo raciocinar com frieza e lealdade por causa deste calor de Março. Lá vão as nossa ricas laranjinhas que de águinha precisam, coitadinhas. Todo o português sente a falta de chuva, mas nós laranjas do nosso partido PSD sentimos mais, sentimos porque é o tempo das laranjinhas e as laranjinhas são o nosso símbolo.
E aos 16 minutos o Varzim inaugura o marcador, num belo pontapé do meio da rua que eu nem vi, porque estava a pôr bronzeador que o Mané me emprestou. Fiquei com os olhos a arder com a pressa de pôr o puto do creme. Compraste nos chineses este creme? Num queres num ponhas, disse ele.
Aos 31 minutos o Limianos empata de grande penalidade. Eu ainda os coçava, os olhos. Depois lembrei-me que este Limianos tinha ganho na primeira volta. É um clube com fortes raízes na Póvoa de Varzim. Basta dizer que dois vereadores do nosso partido têm ou já tiveram residência em Ponte de Lima, cidade onde a família de empreiteiros Monte sempre teve fortes investimentos. As coisas estão ligadas. É assim a vida, feita de pequenos nadas, pequenas insignificâncias, pequenas exuberâncias, digo eu. E em cima do intervalo Salvador Agra faz hat-trick ao apontar o segundo golo e enviar os sócios para o descanso mais descansados. A maldição de Ponte de Lima parece que estava ultrapassada, pensei eu. Estava enganado. Aos 72 minutos do segundo tempo, não é, através de auto-golo o Varzim cedeu o empate. No final Lopes de Castro saiu do estádio escoltado pela PSP, não fosse dar-se o caso dos adeptos quererem ajustar contas antigas.

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