Como tudo o que é organizado na Póvoa de Varzim, a Feira de Stocks não passa de uma cópia das que acontecem por várias cidades do país. Basta uma pequena busca no Google e vemos uma em Pombal, em Amares, em Aveiro, em Lisboa, em Faro, em Braga, etc, etc. É como a Feira da Sardinha ou a Feira Medieval ou a Feira dos Ciganos. Sem qualquer tipo de imaginação. Em particular a Feira de Stocks deixa-me incomodado, não tanto por ver lá comerciantes que têm um dos espaços mais privilegiados da cidade ao seu dispôr, a rua da Junqueira, mas por saber que grande parte dos artigos nem os ciganos os quereriam vender. De épocas passadas, a perder de vista. A deste ano abriu de forma assustadora, segundo um dos comerciantes ouvidos por um jornal nacional. Foi uma avalanche de pesssoas, a esmagadora maioria das quais veio apenas pelo bom tempo que assolava a cidade, de forma estranha. Com sacos de compras poucas se viram, ou quase nenhumas. Vi uma turista com um da Sugababy. Quem será essa Sugababy? Uma loja chinesa na Av. dos Banhos. De repente a chuva. Domingo. Domingos. Sporting. Paciência. As pessoas fugiram todas. A Feira ficou vazia. Com a noite acenderam-se as luzes para uma Feira sem vivalma. Soube que é o contribuinte quem paga a energia consumida pelos comerciantes que trabalham para o lucro. O incómodo alastrou-se quando uma comerciante, que pediu para manter o anonimato por receio de represálias, me confidenciou que a autarquia disponibiliza dois polícias municipais para fazer vigilância nocturna às barracas, cujas horas extraordinárias são pagas com o nosso dinheiro, para satisfazer comerciantes que vivem do lucro. Cuspi de raiva. A Feira encerra hoje.
1 comentário:
Barracos horrorosos num sítio nobre da cidade! Que mau gosto!
Não é assim que se ajudam os comerciantes, mas com autarcas parolos só se podem esperar políticas de atracção de pategos.
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