sábado, 2 de outubro de 2010

fahrenheit 9/11




Nunca consegui compreender as razões que levam determinado indivíduo a escrever regularmente crónicas num determinado jornal. Tem que escrever bem, com um português simples, claro, mas trabalhado, algum espírito crítico e excelente capacidade para reter a atenção de um leitor que vai à procura de notícias. Não me admiraria que um ou outro fossem empurrados pelo poder no sentido de plasmarem sistemáticos elogios a toda a sua actividade. Se assim for, quanto mais medíocre for o cronista pior sinal transmite o poder na qualidade do serviço público que presta ou deveria prestar.
Um se destaca pelos piores motivos. E mais uma vez é o diário da Póvoa do Varzim "Póvoa Semanário" quem lhe dá abrigo. Dele se diz que é mais uma rolha saída da famosa escola de burros, o ESEIG, a tal que dá abrigo aos piores alunos do secundário, aqueles que não tinham notas para entrar em mais nenhuma universidade, residual na sua frequência, podemos pois considerar. Quando escreve aquelas banalidades retiradas dos documentos do respectivo partido em que milita e de onde retirou o encaixe profissional que usufrui, as coisas ainda se mastigam com muita bebida à mistura. Mas quando o rapaz se empertiga e quer recordar momentos ou factos universais e não pode retirar o texto de um qualquer documento, a situação piora substancialmente.

Vejam o que ele escreveu sobre os momentos a seguir aos atentados de Nova Iorque em 2001:



Diz ele que a onda de choque "abala carros e faz estremecer o alcatrão". Eh eh eh! Abala carros! Será que os carros não abalaram porque o alcatrão estremeceu?

Depois diz que uma "chuva torrencial de vidros... ...labaredas e corpos humanos". Chuva torrencial de labaredas nunca vi e muito menos uma chuva torrencial de corpos humanos.
A qualidade de um jornal também se vê por estas pequenas coisas, aparentemente sem importância mas reveladoras de uma certa mediocridade que vai pairando pela cidade.

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