Zé Laia estava orgulhoso da obra de engenharia, cujo know how que só ele tinha, iria trazer fortunas para os cofres da autarquia pela venda de direitos de autor. Tratava-se da obra do século, um túnel que rasgou a cidade da Póvoa do Varzim de lés a lés. Nunca mais essa avenida iria ser a mesma. Acabou-se a brincadeira, vociferou Zé Laia numa reunião com a imprensa saloia da Póvoa do Varzim. A obra, igual a uma outra construída a 42 quilómetros de distância, deixara Zé Laia eufórico: foi o meu melhor mandato, dizia ele, foi obra que nunca mais acaba, sussurrava ele para a vereadora Andreia Nulidade. Desfez-se em contactos pessoais, formais e informais com o Gabinete da Presidência da República no sentido de trazer o Cavaco à inauguração. Centenas de telefonemas depois quem veio foi o Lula. Num está mau, conformou-se Zé Laia.
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