autárquicas 2013 (8)

1- O Tribunal da Póvoa de Varzim decidiu não admitir Daniel Bernardo como candidato nas próximas eleições autárquicas. Independemente dos fundamentos da decisão, que não conheço, penso que é de elementar justiça que se aplique a lei de limitação de mandatos no sentido para que ela foi criada: impedir que certos indivíduos se perpetuassem no poder. Embora não seja uma decisão definitiva, deve ser saudada por todos os que vêm a democracia como a plenitude da alternância no poder. Resta esperar pela decisão do Tribunal Constitucional, mas tenho um palpite que todos estes habilidosos, como o Menezes, o Seara, os mais mediáticos, vão levar um valente pontapé naquele sítio.

2- Elvira Ferreira tem feito uma campanha que só deve merecer elogios, atentas as dificuldades naturais de quem está na oposição. Privilegiando o contacto directo com as populações certo é que a atenção que lhe é atribuída pelos poveiros merece receio de quem com ela quer disputar a vitória em 29 de Setembro.

3- Aires Pereira, porém, perdeu o gás com que começou a aventura mais importante da sua vida. Depois de andar pelas freguesias a passar uma mensagem irrealista, com o epíteto Todos Somos Poveiros, cujos resultados ninguém conhece porque não são para conhecer, porque simplesmente não passou de show off, eis que se remeteu às suas simples funções de vereador: uma procissão aqui, uma inauguração acolá, uma notícia encomendada além. Muito pouco para quem deveria saber que está muito chamuscado.

4- Sobre o CDS tenho alguma dificuldade em escrever, porque sempre que vejo Jorge Quintas Serrano, o candidato, a sombra parece ser a de Henrique Campos Cunha, o sogro, nome intimamente ligado à destruição a que a Póvoa foi submetida nas décadas de 70/80. É muito importante que os poveiros não esqueçam este pormenor que faz toda a diferença: o CDS está ligado ao pior período que a cidade alguma vez viveu.