Por email recebi esta carta de um cidadão que prefere manter o anonimato por receio de represálias:
"Eu não acredito em milagres ou bruxas, mas que as há, há. Como dizia o poeta que agora não me lembro do nome "há mar e mar há ir e voltar". Que grande poema. Eu já ouvi dizer que pessoas doentes em coma durante meses e agora estão aí mais verdes como alface.
Meu caro amigo Lopes de Castro Presidente do Varzim, ou melhor, ex-Presidente:
Nunca gostei muito da sua forma de gerir o Varzim. No entanto, ao contrário de outros, não confundo alhos com bogalhos. Até as próprias palavras são diferentes.
Pelo facto de ter gerido mal o nosso clube nunca deixei de o considerar meu amigo. Eu também não gosto de muita gente e sou obrigado a engolir sapos vivos. Repare que não lhe estou a chamar sapo vivo, mas poderia chamar sapo morto já que está de saída do nosso clube.
Eu sei que tu só tentaste tapar os buracos dos outros e até há quem te chame tapador de buracos, mas eu sei que cavaste o buraco da tua sepultura e o Varzim é que vai pagar o preço. Errar é humano já dizia o filósofo que não me lembro do nome. O resto é mar, já dizia o poeta manquinho enquanto dedilhava a sua guitarra.
Meu caro Lopes de Castro tu és doutorado na Universidade da vida e não tiraste o curso num ano como aquele reles, tu estudaste, preparaste-te nas tuas qualificações, portanto tens moral para falar. Eu também tenho moral. És um homem de coragem, quando viste o barco a afundar foste chamar o Macedo Vieira. Não fizeste como aquele italiano, o Scavolini, que fugiu quando o barco afundava. Tu estás aqui dentro do barco afundado. És o maior.
CAROS VARZINISTAS
O Dr. Lopes de Castro apenas fez aquilo que as autarquias fazem: afundar barcos. Neste caso há uma pequena diferença: o Varzim tem dinheiro a receber da autarquia. Louvo a tua coragem (até dizem que tomaste Xanax para dormir, mas eu não acredito), mas deixa-me dizer-te: isto que está a acontecer é o sistema a funcionar, é o Papa a intervir, é a fruta a falar.
Meus amigos vamos todos à próxima assembleia com calma e serenidade. Quem sou eu para pedir calma, pois apetecia-me já partir os dentes ao Lopes de Castro. Calma pá, calma que somos todos da Póvoa. Eu não sou carago.
PS: isto é apenas um apelo à calma, serenidade e reflexão, amen! Mas estou aqui com uma vontade partir as beiças a esse Lopes de Castro. Calma pá!
Póvoa de Varzim, 31 de Julho de 2012
Um associado com as quotas em dia.
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