Eu já tinha dito e avisado: a Póvoa em Fevereiro é a capital dos livros. Pode não ser da cultura, mas dos livros é. E quando é dos livros também é da cultura, sou eu a dizer. O passado fim-de-semana foi fértil em acontecimentos cuturais: aconteceu o Corrente D'Escritas, esse encontro de escritores de expressão ibérica. E não digam que foi um fracasso, porque só diz isso quem não vai lá. E eu fui. Centenas de escritores e seus fans, que vieram aos milhares à cidade, encheram os hoteis e os restaurantes e consumiram no nosso comércio, sim o nosso comércio que é conhecido por ser tradicional, ao contrário das grandes superfícies, locais do novo riquismo que se instalou na sociedade portuguesa. Mas o que mais me impressionou, amigo poveiro laranja do nosso partido PSD, foi ver as criancinhas a ler na rua os livros dos escritores. Em cada esquina, em cada porta, na escadaria das igrejas, juntavam-se aos magotes, às dezenas, a recitar poesia, a ler o livro do Rubem Fonseca que se emocionou e emocionou a plateia, acabando tudo a chorar. Tal como o Carnaval do Rio, Luís Diamantino, o vereador responsável, já está a preparar a edição de 2013. Mote: contra a crise!
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