Perdoa-me Sofia por me descuidar contigo. A culpa foi da gorda que me enganou quando disse que se apaixonou pelo mar da Póvoa a viver em Navais. E eu que pensava que ela tinha nascido num ano perdido no tempo fui-me apaixonar pelo mar de Beiriz, Sofia. Esse mar cheio de pulgas secas atiradas pelo Zé Laia. Fui ao Diana-Café porque ela me convenceu que ia encher e estava cheio, Sofia, estava, mas era de miúdos da escola dos Sininhos que ela e o Kadafe recrutaram, acompanhados pelos pais, Sofia, o que deu um número astronómico para a mediocridade do evento, Sofia. E sabes que mais Sofia? Ela mostrou-se emocionada quando foi ela mesma que preparou tudo, o raio da falsa, Sofia. E agora Sofia estou aqui sozinho cheio de saudades de ti, meu amor.Volta para mim, Sofia, senão atiro-me ao mar de Beiriz.
Ao mar não me atiro. Está cheio de pulgas secas.
1 comentário:
...que lindo conto de f(o)adas da Florbela Espanca os poveiros ... a mulher? mais quadrada da Póvoa do Varzimzzz...
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