Ainda não eram 7 da manhã e já estava com a farda vestida. Um homem sente-se importante com a farda dos bombeiros, sente-se útil à sociedade civil, sente-se realizado. Fui pela Avenida dos Banhos e ao passar junto à discoteca GAGA pensei: que raio de nome! Podiam ter chamado a isto “Discoteca dos Bombeiros Voluntários”. Esgotava todos os dias. Vinha bombeiro de tudo que é sítio, rapaz! Então com umas musiquinhas do Tony Carreira era sucesso. Mas eles só querem barulho, só querem pastilhas e água luso. À saída vinham uns rapazolas tão amarelos que parecia que estavam encardidos. Pá, vós num trabalhais criaturas? Trabalhamos de noite, diz um deles já tombado. Está perdida esta juventude. À tarde e à horinha marcada, estava eu no quartel para comemorar os 134 anos dos Bombeiros e bênção da auto-escada que muitas noites de sono tirou ao Sr. Eng. Aires Pereira. Aliás via-se no seu semelhante que era um homem cansado, cansado e satisfeito e realizado. Amén! Disse eu quando o padre benzeu a auto-escada, no que fui seguido pelos outros. Sempre fui um líder. No discurso o Sr. Eng. Aires Pereira saudou a dedicação dos Bombeiros. Era para mim esse elogio. Eu bati a pala ao futuro presidente da Câmara?
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